8.29.2009

Hoje resolvi parar



Tenho me perdido nos contornos da pressa.
Tudo corre, o tempo voa e eu não paro.
Os dias passam, as pessoas mudam e eu me calo. Gostaria de escutar o sol beijar o mar e ver as estrelas chegar, mas não posso – o relógio dita as regras, me diz a hora de partir e de chegar.

Tic-tac esse é o som que me castiga, me aprisiona, me escraviza, quanta coisa não me permito fazer porque ele não deixa. Não vejo as flores crescer, não escuto o cantar dos pássaros, não vejo o dia morrer e nascer. Esqueço-me dos detalhes que escondem as belezas da vida, o olhar demorado, o abraço confortável, o silêncio!
Vivo um constante congestionamento tudo está parado aqui dentro, nessa hora o perigo se acentua corro o risco de ser assaltada, vão levando aquilo que julgam precioso, e eu deixo que seja assim, afinal me ensinaram – ‘’É perigoso reagir”. Só desejo o sinal verde, quero correr, quero sumir. Minha casa, é pra lá que eu quero ir, voltar ao útero materno, ao calor das suas entranhas, aonde eu não tinha pressa nenhuma de sair, quero voltar a ser pequena, indefesa, quero colo, chorar sem precisar dizer porque .
Quero ouvir os segredos de Deus e com Ele sorrir – quero mesmo para o céu voltar, lá aonde o tempo não existe, aonde a eternidade é o limite, lá aonde posso descansar.

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